sábado, 1 de novembro de 2008

E. Coli O157:H7 - Uma Doença Fatal e Assustadora

Se assim como eu, alguém aqui já leu o livro "Toxina" de Robin Cook, deve ter se perguntado se assim como outros livros dele, essa seria mais uma obra de ficção. Bom, em parte, já que a história é ficção, mas os dados contidos no livro são assustadoramente verdadeiros.

O livro fala sobre a bactéria "E. coli O157:H7" , que, na história contamina a filha do personagem principal através de um hambúrger mal passado que a menina ingere.

A Escherichia coli sorotipo O157:H7, tida como uma bactéria emergente, causa um quadro agudo de colite hemorrágica, através da produção de grande quantidade de toxina, provocando severo dano à mucosa intestinal. O quadro clínico é caracterizado por cólicas abdominais intensas e diarréia, inicialmente líquida, mas que se torna hemorrágica na maioria dos pacientes. Ocasionalmente ocorrem vômitos e a febre é baixa ou ausente. Alguns indivíduos apresentam somente diarréia líquida. A doença é auto-limitada, com duração de 5 a 10 dias.

Aproximadamente 15% das infecções por E. coli O157:H7, especialmente em crianças menores de 5 anos e idosos, podem apresentar uma complicação chamada Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) , caracterizada por destruição das células vermelhas do sangue e falência renal que pode ser acompanhada de deterioração neurológica e insuficiência renal crônica. Embora a SHU possa ser determinada por outros patógenos, nos Estados Unidos, a maioria dos casos se deve à infecção pela E. coli O157:H7 e ela é também a principal causa da falência renal aguda em crianças. Estima-se a ocorrência de 73.000 casos de infecção, 2.100 hospitalizações e 61 casos fatais( letalidade de 3% a 5%), anualmente naquele país.

Na Argentina a Síndrome Hemolítica Urêmica em crianças menores de 5 anos é endêmica, contudo não há estudos que estabeleçam ainda uma nítida relação entre a síndrome e a bactéria e os alimentos, neste país.

No Brasil, não há dados sistemáticos que possam indicar a situação da síndrome entre nós. No Estado de São Paulo, um estudo vem sendo conduzido pelo CVE para determinar a situação dessa síndrome no Estado e para estabelecer um ponto de partida para a introdução do sistema de vigilância da bactéria e da SHU.

A infecção por E. coli O157:H7 também pode desencadear um quadro de Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), caracterizada por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, manifestações neurológicas, insuficiência renal e febre. Enquanto que na SHU a insuficiência renal é mais freqüente e severa, na PTT predominam as manifestações neurológicas, embora estes não sejam critérios de distinção entre estas síndromes.

As informações acima foram retiradas do site Informe Net. Caso queira saber mais sobre o E.Coli, entre em:


Tais informações contidas tanto na obra de Robin Cook deixam-nos extremamente perturbados (para não dizer apavorados!) quanto à ingestão de carnes e o meio como elas chegam aos mercados e grandes redes de fast-food.

O livro é, sem dúvida, um dos melhores que já li. Mas vou logo advertindo que, por causa dele, fiquei quase um ano sem comer carne. Aliás, não sei nem porque voltei a comer, mas isso nem vem ao caso...rs

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